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Foto do escritorIgor Gomes

Você não sabe o que é inteligência artificial (IA). E isso pode ser perigoso.


De forma explosiva, a inteligência artificial parece estar em tudo, desde produtos a empresas. No entanto, muitas vezes o que encontramos é apenas um branding enganoso. Quando você abre diversos aplicativos e vê recursos sendo chamados de "IA", pode não está experimentando a inteligência artificial robusta que esperava.


Vamos desvendar o que realmente significa inteligência artificial e por que as empresas modernas estão ávidas para integrá-la em todos os aspectos de seus negócios. Certamente, o lucro é o objetivo final, mas o caminho até lá é repleto de nuances intrigantes.



A visão clássica de inteligência artificial, frequentemente retratada no cinema em personagens como os robôs de Star Wars e o famoso Exterminador do Futuro, representa o definido como Inteligência rtificial Geral (IAG), ou AGI (Artificial General Intelligence). Esses são sistemas capazes de raciocinar de maneira avançada e independente. No entanto, o que encontramos atualmente não se encaixa nessa definição.


O que rotulamos como inteligência artificial na maioria das vezes é, na verdade, inteligência neural ou o que também pode ser chamado de Inteligência Artificial Fraca/Limitada (IAF ou IAL), referida em inglês como ANI (Artificial Narrow Intelligence).


Isso inclui principalmente o aprendizado de máquina (machine learning), um subconjunto da IA que utiliza algoritmos para analisar padrões em dados. Esses algoritmos são treinados em dados como textos, vídeos, imagens e sons, usando probabilidade estatística para identificar padrões e tomar decisões.


Embora esses sistemas possam ser extremamente precisos em tarefas específicas, como previsão e geração de conteúdo, eles são limitados aos dados em que foram treinados, por isso o termo Inteligência Artificial Limitada.


Por exemplo, o modelo GPT, um dos mais conhecidos, é excelente em gerar texto natural, mas não pode criar imagens ou sons, pois não foi treinado para isso.


O uso dessas tecnologias as considerando como uma consciência capaz de criar algo novo levanta questões éticas e práticas importantes.


Imagine um pintor ou fotógrafo vendo suas obras serem reproduzidas por um algoritmo sem o devido crédito ou permissão.


Além disso, quando esses sistemas são usados fora de seu escopo de treinamento, podem surgir resultados imprecisos ou até mesmo bizarras "alucinações", como imagens distorcidas ou descrições de eventos históricos fictícios.


É crucial compreender que esses avanços tecnológicos, embora poderosos, não replicam a verdadeira inteligência. Nossa inteligência natural é capaz de aprender, adaptar-se e criar de maneiras que os sistemas de IA atuais não conseguem. E ainda, mesmo que um dia desenvolvamos sistemas conscientes, ainda não possuímos a capacidade computacional necessária para suportar tal complexidade.


Portanto, é essencial estar atento ao uso correto dos termos relacionados à tecnologia digital. O uso indiscriminado e mal-entendido desses termos pode levar a situações perigosas, como confiar demais em sistemas automatizados não preparados para situações imprevistas, como carros autônomos ou decisões judiciais baseadas em dados incorretos por uso do chat GPT.


Entender as limitações e possibilidades da inteligência artificial é fundamental para aproveitar seus benefícios enquanto se protege contra seus potenciais riscos. A tecnologia avança rapidamente, e é responsabilidade de todos nós garantir que seu desenvolvimento ocorra de maneira ética e informada.

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